segunda-feira, 23 de abril de 2007

Terapia - parte I

Minhas sessões de terapia são uma verdadeira comédia! ou, como diz o meu terapeuta, uma tragi-comédia. Desde que comecei, há quase 2 anos, não quis mais parar.
Tudo começou com o falecimento (infelizmente) do irmão de uma amiga. Eu já pensava na idéia de fazer terapia, mas até então não tinha encontrado a pessoa certa (ou ela ainda não havia me encontrado). Foi quando essa minha amiga comentou sobre ele, dizendo que era uma pessoa muito tranquila e espiritualizada, o que me interessou sobremaneira. Ainda que fosse "do outro lado da cidade", resolvi arriscar e fui, num sábado pela manhã, morrendo de medo, vergonha e sono. Esse primeiro passo na verdade é muito dificil! Os "inícios" aliás tendem a ser difíceis, não porque teriam que ser, mas porque geralmente temos medo do desconhecido e sempre ficamos acuados nessas situações.
Bom, mas voltando...e a terapia começou. No inicio aquela certa insegurança, sem saber direito o que falar. Duas barreiras principais surgem nesse momento: primeiro - a relação de confiança ainda não está estabelecida; segundo - como dizer a alguém quem realmente somos?
O primeiro "problema" seria resolvido numa questão de tempo. Apesar que "tempo" não é o meu forte (e aqui abro um parentese pra dizer que sou capricorniana, signo que na mitologia está associado ao Deus Cronus, o Deus do Tempo, só ainda não entendi como me encaixo aqui, porque a minha relação com o tempo se dá de forma inversamente proporcional, ou seja, como o título do meu blog já declara, não gosto de "dar tempo ou tempo", gosto de "tudo ao mesmo tempo agora") percebi que nesse quesito não havia nada a fazer, somente "esperar".
Mas a segunda questão...ah! essa sim daria trabalho. Afinal de contas, geralmente esse é o motivo principal para alguém buscar um terapeuta: entender melhor a si mesmo, para que possa entender melhor as próprias necessidades e compreender os outros. Sessão após sessão a gente começa a perceber que, automaticamente, adotamos um esquema de auto-sabotagem. Toda vez que enveredamos por algum caminho que sugere a (re)descoberta de algum traço que normalmente não gostamos de nossa personalidade, fugimos desse caminho como se tivesse um cachorro enorme correndo atrás da gente! Só que esse acontecimento é incrível, porque acredite, não fazemos propositadamente, é mais natural do que pensamos, e é justamente aí que reside o problema! Além disso, essa segunda questão traz outro probleminha. Uma coisa é a gente saber o que pensa sobre algo, sobre alguém ou sobre nós mesmos, e nunca contar isso a ninguém. Outra coisa é admitir pra uma outra pessoa e admitir pra si mesmo, em palavras. É interessante que, enquanto ainda estamos no campo do "pensamento", aquela coisa meio teórica, o cenário não parece tão ruim assim. Mas quando expomos, escrevemos...acredite! a coisa se complica bastante!
Por enquanto vou deixar que vocês reflitam sobre o tema, volto com a parte II em breve!

Meus primeiros passos

Essa sou eu! E essas são as primeiras palavras do meu primeiro blog! Estou tão emocionada...
E porque são as primeiras palavras, os primeiros passos, resolvi ilustrar com uma foto da minha infância, da época em que pouco ou nada me preocupava, ou pelo menos se algo me preocupava fui abençoada com o esquecimento desses supostos problemas.
Sejam bem-vindos! todos! sei que isso não deveria ser um memorando ou uma carta de intenção, mas eis o porque da criação desse blog. Muitas vezes sentimos vontade de compartilhar histórias e situações com amigos ou colegas, mas, no mundo que vivemos hoje infelizmente não nos sobra muito tempo, ou simplesmente as pessoas não querem perder tempo com nada que não diga respeito a elas mesmas. Então, pensei: "poderia criar um blog!" assim, posso dizer o que quero, quando quero, e quem quiser pode ler ou não, a hora que quiser ou não! E aqui estou. Mas claro, ao longo da minha relação com o meu blog, que começa a ser construída nesse momento, tudo pode mudar, porque eu sou assim, além de querer Tudo ao Mesmo Tempo Agora, tudo isso pode mudar a qualquer instante, e provavelmente vai mudar, então, fique à vontade, no seu sofá, no trabalho, em qualquer lugar, pode perguntar, comentar, sei lá! Até!