domingo, 10 de fevereiro de 2008

De volta pra casa

Olhar para fora é certamente mais fácil que olhar para dentro. E quando nos deparamos com nós mesmos, seja porque as circunstâncias nos colocam nessa situação, não resta outra alternativa senão parar para pensar.

Mas por onde começar então? estamos tão disatentos, distraídos e imersos no mundo exterior, que não sabemos como iniciar esse exercício. Temos medo também porque não sabemos onde ele irá nos levar.

Eu começo então pelo meu quarto, e vejo um livro sobre os ensinamentos de Buda. E me pergunto, se os ensinamentos estão aqui, ao alcance das minhas mãos, porque não começar? Mas essa pergunta permanece sem resposta e em minha cabeça vem a lembrança de que tenho que trabalhar, de que minhas responsabilidades esperam por mim, mas....e quem espera por mim? e quem irá me devolver esse tempo, o tempo de dedicar a mim? E me ponho a chorar por perceber a minha própria incapacidade, minha falta de coragem de deixar para trás um mundo de ilusões, esse mundo que nos chama a todo instante, e que nos tira a capacidade de perceber o que é mais importante...

E penso em ti, meu amor, e como sou agradecida por poder ter você ao meu lado. Alguém que já se deu conta do que é importante. E te admiro, a cada dia mais, e como sinto sua falta e me sinto sem rumo quando estou longe de você, você que é meu amor, meu guia, o melhor lado de mim.

E eu espero então que Deus me veja aqui, no meu pedacinho de mundo, e que venha me consolar um pouco, e me tomar pela mão...me levar de volta pra casa.