sexta-feira, 1 de junho de 2007

(nenhum)

Sei que tô meio sumida nos últimos tempos, mas quando criei meu blog, denitivamente não tinha o menor intuito de mantê-lo disciplinadamente atualizado, até porque essa não seria eu!

Especialmente hoje, eu tenho mais perguntas do que respostas. As perguntas são muitas, e imagino que as respostas infinitas...quem vai saber?
Mas me pergunto pincipalmente como seriam as nossas vidas se tivéssemos essas repostas, ou pelo menos algumas delas. Talvez fosse ainda mais desafiador viver, e conviver.
Então, como não tenho as respostas, isso me fez lembrar do "pequeno príncipe", aquele que tinha todas as perguntas do mundo, mas parecia nunca estar satisfeito...e para tudo e todas ele sempre tinha um pergunta. Assim sou eu, como aquela criança que a gente guarda bem lá no fundo, cada vez mais no fundo à medida que vamos crescendo. Por isso hoje, que me sinto momentaneamente sem palavras, venho pedir socorro a esse "principezinho", pegando emprestado um pedaço de seus textos e mais algumas de suas frases na tentativa de chegar à minha mensagem.

"... - E de que te serve possuir as estrelas?
- Servem-me para ser rico.
- E para que te serve ser rico?
- Para comprar outras estrelas, se alguém achar.

Esse aí, disse o principezinho para si mesmo, raciocina um pouco como o bêbado. No entanto, fez ainda algumas perguntas.
- Como pode a gente possuir as estrelas?
- De quem são elas? respondeu, ameaçador, o homem de negócios.
- Eu não sei. De ninguém.
- Logo são minhas, porque pensei primeiro.
- Basta isso?
- Sem dúvida. Quando achas um diamante que não é de ninguém, ele é teu. Quando achas uma ilha que não é de ninguém, ela é tua. Quando tens uma idéia primeiro, tua a fazes registrar: ela é tua. E quanto a mim, eu possuo as estrelas, pois ninguém antes de mim teve a idéia de as possuir.
- Isso é verdade, disse o principezinho. E que fazes tu com elas?
- Eu as administro. Eu as conto e reconto, disse o homem de negócios. É difícil. Mas eu sou um homem sério!
O principezinho ainda não estava satisfeito.
- Eu, se possuo um lenço, posso colocá-lo em torno do pescoço e levá-lo comigo. Se possuo uma flor, posso colher a flor e levá-la comigo. Mas tu não podes colher as estrelas.
- Não. Mas eu posso colocá-las no banco.
- Que quer dizer isto?
- Isso quer dizer que eu escrevo num papelzinho o número das minhas estrelas. Depois tranco o papel à chave numa gaveta.
- Só isto?
- E basta...
É divertido, pensou o principezinho. É bastante poético. Mas não é muito sério. O principezinho tinha, sobre as coisas sérias, idéias muito diversas das idéias das pessoas grandes.
- Eu, disse ele ainda, possuo uma flor que rego todos os dias. Possuo três vulcões que revolvo toda semana. Porque revolvo também o que está extinto. A gente nunca sabe. É útil para os meus vulcões, é útil para a minha flor que eu os possua. Mas tu não és útil às estrelas...
O homem de negócios abriu a boca, mas não achou nada a responder, e o principezinho se foi...
As pessoas grandes são mesmo extraordinárias, repetia simplesmente no percurso da viagem. "

"Em um mundo que se fez deserto, temos sede de encontrar companheiros", pessoas com as quais tenhamos alguma ou muitas afinidades, e de quem simplesmente começamos a gostar de forma gratuita. Se você os encontrar "Não exijas de ninguém senão aquilo que realmente pode dar." Porque "O Amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte". Então, deixe de lado um pouco as respostas sensoriais, porque "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."